sábado, 29 de outubro de 2011

Suicídio, não é uma opção.

Olá! Bem, hoje vou falar um pouco de um assunto complicado... Suicídio. Vou passar alguns dados para vocês e tentar expor da melhor maneira possível o que penso sobre o assunto.
Espero que ajude alguém ler isso =)

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Um breve texto meu a respeito do assunto:
Todos têm problemas na vida e não podemos ficar medindo dores, falar que nosso sofrimento é maior que o de outra pessoa ou vice-versa, mas quando temos um problema que nos parece maior do que podemos aguentar? Como podemos lidar com algo que não podemos mudar e temos apenas que aceitar? Bem, eu também não sei. Mas uma coisa eu sei, tentar acabar com a própria vida não é a solução, pode até ser para a pessoa que faz isso, mas e quem fica aqui? Que vai conviver com o fato de não ter mais aquela pessoa por perto, que vai ter que conviver talvez com uma sensação de culpa e impotência diante do que aconteceu? Quem mais sofre com o suicídio são as pessoas próximas de quem o comete, e isso vale para as tentativas falhas também. Só quem já tentou consumar de fato isso e não conseguiu sabe que estava errado, que existem pessoas que sentiriam sua falta e que estão dispostas a sofrer junto com você se for preciso para que não se machuque.
Muitas vezes as pessoas (principalmente nós, os jovens –tenho 21 anos-) reclamam que ninguém se importa com seus sentimentos e que não farão falta ao mundo, pois se sentem inúteis e menosprezadas, mas não param pra olhar os pequenos detalhes ao redor... Um amigo que fica de mau humor quando estamos tristes, uma pessoa que te fala algo aparentemente sem sentido porém motivador quando você aparenta estar distante (um dia na sétima série eu estava sentado no pátio da escola sozinho e o diretor me olhou e disse: “o sabiá é uma ave solitária, mas sabe, ele tem algo muito belo que não pode ser esquecido ou desprezado, o canto.” Eu fiquei com cara de “WTF??” mas no fundo entendi o que ele disse, acredito que ele falava de talento, pois eu estava desenhando quando ele falou isso), pequenos momentos que se você parar para pensar vai se dar conta de que não é verdade o que pensa, que não está sozinho nem abandonado, “ninguém está completamente sozinho” a Fernanda me disse uma vez em uma de nossas conversas.
Então pare e pense, vale a pena deixar um rastro de sofrimento só para desistir de lutar pela sua felicidade? Eu sei que é difícil muitas vezes, e eu mesmo já atentei contra minha vida duas vezes, não estou aqui para criticar ou julgar ninguém até porque eu sou um exemplo ruim como podem ver! Mas eu queria que pensassem nisso, pois não são todos que têm a sorte que eu tive de não conseguir para poder ver que de algum modo é importante para as pessoas e que fugir não é uma opção válida, não se você tem algum respeito pelos sentimentos de quem gosta de você.

“Mas e como vou suportar tanta dor?”
Busque saídas, escreva sobre o que sente, desenhe algo mesmo que não desenhe bem, é só tentar transmitir o que sente para o papel, a beleza está nos sentimentos e por pra fora é algo aliviante!
Conversar com pessoas “distantes”, seu diretor de escola ou algum professor no qual sinta confiança, algum amigo da internet, ou até mesmo o CVV

CVV:
Conhecem o CVV? Eles ouvem seus problemas e tentam te ajudar, é bom desabafar com alguém sobre o que nos incomoda, as vezes apenas isso já nos faz esquecer até o motivo da conversa no fim!
Segue o site deles, onde acontece um chat nas terças – (16h às 22h45) e demais dias – (19h às 22h45): http://www.cvv.org.br/ e também o telefone caso você queira conversar agora e desabafar um pouco sobre sua angústia: 141

(Texto abaixo retirado do site: http://delas.ig.com.br/)

Entre as premissas do CVV, estão o sigilo absoluto e as conversas não diretivas (ou seja, não se tenta influenciar a decisão da pessoa ou ajudá-la a encontrar soluções). Os voluntários recebem treinamento e passam por diversas simulações até começaram a receber as ligações nos plantões semanais de 5 ou 3 horas.

Bem sem olhar a quem
Desde outubro do ano passado, o advogado David Damião Lopes, 31 anos, é um dos 2 mil voluntários do CVV. Ele foi usuário do serviço há cerca de 10 anos, e lembrou dessa boa experiência quando procurou um serviço de voluntariado. “Tem atendimentos difíceis, que mexem com a gente de diversas formas, pelo impacto do preconceito, pela luta para não julgar meu atendido. O pedófilo, o usuário de drogas, a fofoqueira, todos podem usar o CVV. É preciso respeitar as escolhas da pessoa”, conta.

“Procuro cultivar minha paz interna. É difícil sair de um atendimento me sentindo mal”, diz o advogado, que considera esse voluntariado uma escola. “A diferença entre ser atendido e atender é irrelevante. Sou voluntário, mas nada impede que amanhã eu queira ligar para ser atendido. Nem sempre a vontade de conversar é satisfeita pela sociedade em que vivemos.”

Não ser julgado
O fato de não direcionar as conversas é um dos pontos que atraem os usuários. O estudante Fábio Dias, 28 anos, usou o serviço numa situação pessoal complicada, em que não sabia se devia buscar a resolução de um conflito ou simplesmente deixar a questão de lado. “Eu estava me sentindo muito sozinho. Às vezes, o assunto é muito pessoal para abrir com conhecidos. Era algo que eu realmente não queria abrir com ninguém, e eu queria desabafar sem julgamentos, sem ser direcionado. Eu não queria uma solução, só desabafar”, diz. Fábio conversou por cerca de 40 minutos e, conforme ia falando, tinha mais clareza sobre a própria situação. “Por para fora ajuda a organizar os pensamentos, a articulá-los”, acredita. “Vi onde estava falhando e controlei minha ansiedade.” 
(Fim do trecho retirado do site http://delas.ig.com.br/)



“Uma dica polêmica”

E vou dizer mais, pode ser que venham pessoas hipócritas me criticar pela “dica” mas eu não ligo. O importante é que você encontre um meio de aliviar o que sente de ruim sem apelar ao suicídio nem machucar outras pessoas, pois por mais escrotas que sejam, ninguém vale a pena você sujar as mãos de sangue.
Você não consegue expor seus sentimentos no papel, desabafando com alguém, gritando, ou quebrando objetos que estão ao alcance? Bem, auto-mutilação eu considero válida até certo ponto e em certos casos (eu disse que podia causar críticas), não estou fazendo apologia, só quero deixar claro que as vezes precisamos escapar de algum modo dos pensamentos que nos torturam, e bem, assim é possível conseguir. Mas só em ultimo caso ok?

Uma música para refletir um pouco (Good Charlotte -- Hold On):


Tradução:

Esse mundo, esse mundo é frio
Mas você, você não precisa ir
Você se sente triste,você se sente solitário
E ninguém parece se importar
Sua mãe se foi e seu pai bate em você
Esta dor que você não pode mostrar

Mas todos nós sangramos do mesmo jeito que você
E todos nós temos as mesmas coisas pelo que passar

Aguente firme...se você sente que não dá mais
Aguente firme...acaba melhorando antes do que você pensa

Teus dias...você diz que eles duram demais
E as tuas noites, você não consegue pegar no sono de jeito algum (aguente firme)
E você não tem certeza do que está esperando.
Mas você não quer saber mais
E você não tem certeza do que está procurando
mas não quer saber mais

Mas todos nós sangramos do mesmo jeito que você
E todos nós temos as mesmas coisas pelo que passar

Não pare de procurar, você está há um passo de distância
Não pare de buscar, ainda não acabou...aguente firme

O que você está procurando?
O que você está esperando?
Você sabe o que está fazendo pra mim?
Vai em frente...o que você está esperando?

Aguente firme...se você sente que não dá mais
Aguente firme...acaba melhorando antes do que você pensa


(Essa música me ajudou a refletir na primeira vez que tentei, aos 14 anos)

Estatísticas:

Uma pesquisa do núcleo de epidemiologia psiquiátrica da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que 9,5% da população urbana brasileira já tiveram pensamentos suicidas e 3,1% tentaram tirar a própria vida.

De acordo com a pesquisa divulgada pela USP, de 1987 a 2007, a taxa anual de suicídios no Brasil aumentou 36%, pulando de 3,44 por 100 mil habitantes para 4,68. (isso até 2007, já estamos no fim de 2011, imagine o quanto deve ter aumentado esse número...)

É a décima causa de morte no mundo com mais de um milhão de pessoas cometendo suicídio todos os anos. Porém entre pessoas com idade de 15 a 44 anos se torna a quarta principal.

5 em cada 100 mil brasileiros, com idade entre 15 e 24 anos, cometem suicídio. Esta estatística está bem longe da realidade uma vez que a violência do suicídio atinge, também, os números: vergonha, motivos religiosos e necessidade de receber pagamentos de seguros de vida fazem com que a família camufle as informações, distorcendo as estatísticas.

Quase 1 milhão de pessoas põem fim à própria vida todos os anos, mais do que as pessoas que morrem em assassinatos ou vítimas de guerra.

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que ocorre um suicídio em alguma parte do planeta a cada 40 segundos.


Recado do autor deste blog:
Isso é tudo por enquanto, se precisar de alguém para conversar e não quiser recorrer ao CVV, se quiser alguém com “experiência” nesse assunto para te ouvir que seja, sinta-se a vontade para pedir meu MSN nos comentários, ou adicionar no perfil do facebook ou orkut que está na barra lateral no topo do blog. Posso não ser de grande ajuda, mas ao menos, sou bom ouvinte =)


Update: Não fechem o post antes de assistir este vídeo:

Se cuidem =)

2 comentários:

Andreia disse...

Nossa, lendo este texto me fez lembrar a fase mais escura da minha vida, quando eu me odiava tanto que pensei até em acabar com ela, o que me motivou a não fazer isso foi pensar na minha mãe que pra mim parece ser a única pessoa no mundo que se importa comigo e sofreria se eu fizesse um porra dessas.
Foi nessa época que eu comecei a gostar de Simple Plan (haters gonna hate) que apesar de todo o clichê emo que colocaram nos pobres rapazes, foi a primeira banda que me mostrou que eu não era a única pessoa no mundo que não era compreendida.
Também nesse tempo conheci minha BFF que era tão nerd/esquisita como eu (pra resumir a história: eu era uma nerd baixinha que incomodava as piriguetes do fundão por saber as respostas, e em troca sofria um bullying do inferno) e que gostava de mangá, Simple Plan e de ler como eu.

André [Kuro No Shinigami BK - 201] disse...

Sofrer bullying era foda =(
Agora eu vejo toda essa moda de falar que tudo é ~bule~ é porque esse pessoal não sabe o que é sofrer de verdade com preconceito e agressões físicas e verbais sem nenhum motivo, além de ser quem você é...